terça-feira, 5 de abril de 2011

A dor de cotovelo

Tá aí um tema que eu gosto de falar: a dor de cotovelo. Talvez seja pelo excesso de vezes que passei por ela. Velha conhecida, ela me acompanha desde a adolescência. Mas fiquei PHD no assunto na vida adulta. E ela se mostra nas mais diferentes faces.
Tem a dor de cotovelo revoltada. Nesta, a gente termina o relacionamento possuída, com vontade de atravessar o cara com um jipe, ou coisa maior. Porque você julga que ele foi um tremendo cafajeste. Aí você xinga, faz a caveira do algoz, se faz de vítima. Mas no fundo tá puta da cara porque não conseguiu mudar o objeto do desejo e transformá-lo no príncipe, que você imaginou que ele era no começo. Get over, tente o sapo, geralmente é mais divertido.
Tem a dor de cotovelo melancólica. Nesta você chora semanas. Não sai da cama, não come, fica magra, e tá aí a única vantagem de tanta dor. Liga para a empresa e diz que está doente. E no fundo você está mesmo, com síndrome do amor não correspondido. Sinto muito colega, mesmo depois de muito lenço de papel o cara não vai mudar e te amar só porque você "acha" que é a mulher ideal para ele. E é você que vai ter de colar os cacos e tentar de novo.
Tem a dor de cotovelo suicida. Socorro, esta é uma das piores. Você acha que a culpa do insucesso do relacionamento é sua e que por isso merece a morte. Alô, depositar todas as fichas nas mãos de alguém para te fazer feliz é burrice. Lembre-se que o primeiro amor é o amor próprio, e ninguém pode ser amado se não tiver nenhum apreço por si mesmo.
Tem a dor de cotovelo atrasada. Esta vem depois da desforra. Você termina com o cara, pega geral e a arquibancada e descobre depois de uma lista de pequenos casos, que no fundo você sente falta daquele cara maldito, com quem você terminou há meses. Sai fora, desiste que não é porque o tempo passou que ele se transformou no homem ideal.
Estas são algumas das dores que eu me lembro, mas há outras inúmeras. Sinto é muita inveja de quem não tem dor de cotovelo. Que segue serena a vida, mesmo depois de uma desilusão. Queria mesmo ser capaz de não sentir nada, nem raiva, nem dor, nem decepção e muito menos autocomiseração. Mas enfim, dentro deste poço de emoções de um coração latino fica difícil.
Tenho mais é que aceitar esta minha condição humana. Afinal de contas, assim é o mundo.

3 comentários:

  1. Amiga linda, é o mundo! Já passei por tudo isso, inclusive a suícida, pq por ser melancólica, parei de comer, emagreci demais, o que não foi bom! Mas passou, levou 7 anos, eu sarei e daí ele reapareceu na minha vida e eu casei com ele, kkkkkkkkkkkkkkkkkk. Final feliz, ces´t la vie!

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  2. Como eu já disse, o mundo se mostra diferente para cada um de nós. Fico feliz pelo seu final feliz... Quem sabe algum dia vou poder dizer o mesmo! bjooooooo

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  3. não tem porque ter inveja de alguém que nunca sentiu dor de cotovelo, porque todo mundo passa por ela. mas algumas dessas pessoas preferem não ficar falando disso, disfarçam (se é que é possível) e levantam mais rápido. acho que o único remédio pra essa dor inevitável é o amor próprio, como você bem falou.esse amor sim vale discutir, refazer, dedicar a ele tempo e respeito! vamos que vamos Pri, com o cotovelo mais calejado porém mais resistente ao longo do tempo! bjsss

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