sábado, 13 de agosto de 2011

Tateando no escuro

Eu sou profissional da comunicação, mas digamos que nem sempre é possível entender tudo que está subentendido nas palavras, ou melhor, na falta delas. Tenho dificuldade de fazer adivinhações, apesar de muita gente achar que eu realmente leio mãos. Acredito que todo mundo tem este mesmo problema. Interpretar o silêncio não é minha especialidade.
Gosto de coisas as claras. Intenções, pretensões, desejos. Sou adepta do tudo na lata. Mas tem gente que não partilha da mesma ideia. E isso, definitivamente, me deixa bolada. Porque quando faço a leitura do silêncio, sou sempre fatalista. Talvez seja a preparação para a pancada. Tô sempre esperando o pior, porque se o melhor vier vai me deixar ainda mais feliz.
Confesso que é mais fácil agir de acordo com o quadro à frente. Se a gente não tem informação, não tem estratégia de ação. Costumo dançar conforme a música. Mas se não há melodia, como dançar? Portanto, seja rock, balada ou sertanejo, por favor DJ aumenta o som. Garanto que eu sou ótima dançarina.
Mas enquanto isso, vou tateando o escuro. Tentando descobrir na falta de palavras o que deveria ser dito. Como é difícil ler a alma humana. Tudo bem, eu vou vivendo por curiosidade e fazendo tentativas, não desisto. Porque não há nada melhor do que descobrir que se está errado. Tomara que minhas leituras do clássico caos fiquem longe da realidade. E vamos assim enfrentando o mundo!